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domingo, 13 de maio de 2012

Novas “Terras” para alem do Sistema Solar



Olga Zakutniaia
13.05.2012, 20:29
Novas “Terras” para alem do Sistema Solar


O telescópio espacial Spitzer da NASA viu a radiação de um planeta distante, que só em 8 vezes maior do nosso planeta Terra. A observação dos planetas situados fora do Sistema Solar torna-se cada vez mais popular na medida do aperfeiçoamento dos métodos e aparelhos de observação. A Agencia Espacial da Federação de Rússia também está planear a conectar-se a este processo, mas os detalhes ainda não estão bem definidos.

O planeta, que está ser estudado por grupo internacional de astrofísicos, gira a volta duma estrela relativamente próxima 55 Caranguejo (55 Cancri) e por isso recebeu a mesma designação e também porque é a quinta neste sistema. O planeta está mais próximo, entre outros, á estrela, o ciclo completo durante o qual consegue girar a volta da estrela são 18 horas e está virado à esta ultima dum lado só, digamos o mesmo que acontece entre a Terra e a Lua. A temperatura deste lado, segundo investigações, ultrapassa 2.000 graus da escala de Kelvin.

As investigações, cujos resultados serão publicados no Astrophysical Journal, tiveram como objectivo fixar a radiação infravermelha do próprio planeta. Na impossibilidade de faze-lo “directamente”, o planeta foi observado da “maneira inversa”: no momento do seu eclipse pela estrela. Os dados obtidos confirmam a hipótese que o 55 Cancri é mais provável o planeta com um núcleo de pedra rodeado ou de uma atmosfera rarefeita, ou de agua num estado supercrítico quando desaparece a diferença entre a fase gasosa e liquida. 

Esta informação também permite a definir, com exactidão, os parâmetros da orbita do planeta ao fim de perceber a estrutura interna do 55 Cancri.

Os cientistas que realizaram as investigações pressupõem que do mesmo modo poderão ser estudados e outros exoplanetas. Se o telescópio de Spitzer, antigamente, foi utilizado, em primeiro lugar, para observar os “Júpiteres quentes” (gigantes gasosos que estão muito próximos á estrela), então a nova geração dos aparelhos orbitais (em primeiro lugar o telescópio de James Webb (NASA)) poderá observar os planetas semelhantes ao 55 Cancri.Estes planetas, ainda, costumam designar como “super-terras” por serem maiores, em várias vezes, do nosso planeta Terra e terem um núcleo sólido.

O objetivo maior de estudos dos exoplanetas pode-se considerar a procura da existência de vida. Mas, também, não é menos interessante estudar os sistemas de planetas desconhecidos, porque, comparando uns com os outros ou com o nosso próprio sistema, consegue-se perceber como eles se formaram e se existem as regras comuns que determinam este processo.

Ultimamente, com o crescimento da quantidade de exoplanetas descobertos, estas investigações entraram em fase de desenvolvimento acelerado. Desde 1992 foram descobertas mais de 750 planetas, só aqueles que foram confirmados. Mas depois do lançamento do novo telescópio de “Kepler” (NASA) esta quantidade poderá chegar aos milhares.

Quando o próprio processo de “captura” do planeta transforma-se em rotina, já não é suficiente encontrar o novo objecto, o principal é conhecer as suas características. Deste modo, aumentam as exigências aos aparelhos de observação. Eles devem possuir uma super sensibilidade de modo permitir a observar os objectos muito longínquos e diminutos.

Ate agora, a radiação dos exoplanetas só trazia surpresas e um dos principais era o facto de estes planetas não serem parecidos com o nosso Sistema Solar. Se no Sistema Solar os gigantes gasosos giram ao volta do Sol nas orbitas externas deixando as orbitas internas aos planetas pequenos de pedra, nos sistemas dos exoplanetas está tudo ao contrario: os gigantes gasosos estão muito próximos à estrela. Deste modo, as ideias existentes sobre a evolução dos sistemas de planetas, que tiveram como base o Sistema Solar, tornam-se infundadas.

O objectivo da investigação dos exoplanetas está traçado, em particular, na Estratégia do desenvolvimento de actividade espacial da Rússia ate o ano de 2030 e para perspectiva futura. Segundo documento, a Rússia deve encarregar-se das investigações dos exoplanetas de 2025 a 2030. Infelizmente, este projecto não descreve os objectivos em pormenor, o que torna esta ideia pouco transparente. Actualmente, a Rússia não tem (nem está previsto) os telescópios espaciais direccionados para este objectivo. De acordo com a experiência internacional, o tempo que leva pôr a ideia de construção destes aparelhos em prática equivale quase dez anos. Provavelmente, trata-se do programa de utilização dos observatórios terrestres. Mas o importante é não esquecer que ate 2030 restam mais de 15 anos e durante este período a procura e a investigação dos exoplanetas vai se tornar num tarefa corrente.

Fonte: Voz da Rússia.  http://portuguese.ruvr.ru/2012_05_13/74619701/

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